O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB, que se intitula “o mais louco do Brasil”, é alvo de Operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) nesta quarta-feira.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Contrafação, em apoio a investigação que tramita perante à 1.ª Promotoria de Justiça de Ivinhema.
Foram cumpridos oito mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar, um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações acerca da imposição de medidas cautelares alternativas diversas da prisão.
Os policiais apreenderam R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições. Uma pessoa foi encaminhada para delegacia em flagrante por posse de arma.
As investigações revelaram que um veículo de luxo, do tipo caminhonete, que pertenceu ao prefeito municipal, Juliano Ferro e, também, a um empresário local, ainda que sem registro formalizado em nome de qualquer deles, acabou tendo sua transferência efetivada, em sequência, para o nome de dois policiais militares deste Estado, baseada em documentação falsificada.
Segundo a investigação, a transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju. Entretanto, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação.
No dia 22 de outubro, a Polícia Federal realizou oitivas e diligências na Prefeitura do Município, mas não pontuou do que se tratava. Recentemente, a Controladoria-Geral da União (CGU) denunciou superfaturamento de recursos federais na compra de merenda escolar.
Segundo relatório da Controladoria, a prefeitura comprou material com sobrepreço na compra de carne bovina, frango, ovos, pão, leite, entre outros alimentos destinados a escolas públicas.
A CGU revelou que a prefeitura pagou R$ 44,90 em um quilo de carne que custava R$ 33,99 no Município. Como a prefeitura comprou 9 mil quilos, só nesta aquisição o prejuízo foi de R$ 98,1 mil. A CGU calcula um prejuízo de mais de R$ 200 mil aos cofres públicos.
Tráfico e venda de caminhonete
O prefeito de Ivinhema também está sendo investigado pela Polícia Federal em denúncia de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, com organização criminosa acusada de tráfico de drogas.
Tudo começou com o flagrante de uma carga de maconha, que levou à descoberta de ligações entre o prefeito e indivíduos envolvidos no tráfico.
A peça chave foi a compra de uma casa e uma caminhonete. Juliano não é suspeito de participação direta no tráfico, mas a polícia investiga possíveis transações ilícitas relacionadas à aquisição de bens.
A reportagem entrou em contato com o prefeito, mas não recebeu retorno até a publicação.