O deputado estadual Lucas de Lima (PDT) está estudando a desistência da candidatura a prefeito em Campo Grande. Ele já havia anunciado o lançamento da pré-candidatura agora em abril, com a presença da cúpula do partido, mas pode desistir da eleição.
A desistência tem como ponto principal a filiação do ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, que entrou no partido com articulação do diretório nacional e contra a vontade dele.
“Estou analisando junto com a minha base, mas ainda continuo com a pré-candidatura”, respondeu o deputado ao ser questionado sobre a possibilidade de desistência.
Também pesa para a decisão o fato de o partido não ter cumprido a promessa de passar a presidência estadual da sigla para ele.
“Me prometeram que eu iria assumir a presidência estadual do partido e até agora não aconteceu e também a vinda do ministro, que também ainda não foi agendada”, complementou.
O deputado voltou a afirmar que não quer o apoio de Marquinhos Trad e se sentirá desprestigiado se for preterido. “Estou acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Me sinto desprestigiado se isto estiver realmente acontecendo. Venho trabalhando a construção dessa pré-candidatura há muito tempo. Mais uma vez afirmo que não quero ter o apoio do ex-prefeito. Isso vai contra todo o meu projeto de ser novidade, de apresentar à população de Campo Grande algo sem a velha política”, concluiu.
Diretório estadual
O presidente estadual do PDT, Cadu Nobre, afirmou que a prioridade do partido é a candidatura de Lucas. Indagado sobre a possibilidade de apoio à candidatura de Rose Modesto, ele não descartou.
“Nossa prioridade é termos o Lucas como candidato e sempre trabalhamos com essa possibilidade. Tivemos conversas preliminares com a Rose, pois ela sempre respeitou a decisão de mantermos a candidatura do Lucas. A Rose é uma pessoa que preza muito pela educação e pelo trabalhador, que são nossas maiores bandeiras. Se, por acaso, a desistência do Lucas ocorrer, vamos analisar, pois nosso apoio será para aquele candidato que tenha de fato um projeto para a cidade e para as pessoas, e não apenas um projeto de poder”, detalhou.
Luciana Nassar/Assembleia