Cientistas desenvolveram modelo capaz de prever a idade de alguém: fumantes parecem muito mais velhos que não fumantes. A solidão envelhece mais ainda


A solidão pode acelerar o envelhecimento de maneira ainda mais alarmante que o cigarro. A informação vem de um estudo publicado na revista científica Aging. Para isso, os pesquisadores analisaram dados coletados de 4.846 adultos em 2015. A pesquisa incluiu 16 biomarcadores sanguíneos, incluindo níveis de colesterol e glicose, além de informações como pressão arterial e Índice de massa corporal (IMC).


Embora todos tenham uma idade baseada na data de nascimento, que é a “idade cronológica”, os cientistas também levam em consideração a “idade biológica”, baseada no envelhecimento das funções do corpo, influenciada pela genética, estilo de vida e outros fatores. Quanto maior a idade biológica, maior o risco de várias doenças e até de morte.


A equipe então desenvolveu um modelo capaz de prever a idade de uma pessoa, e comparou essa previsão com a idade real dos participantes. A partir disso, o grupo descobriu que, quando o modelo foi aplicado aos dados de mais 2.617 adultos com doenças associadas ao envelhecimento, aqueles com histórico de acidente vascular cerebral, doença hepática e doenças pulmonares foram previstos como mais velhos, em comparação a 4.451 adultos saudáveis.


A equipe também descobriu que fumantes aparentam ser 15 meses mais velhos do que não fumantes, enquanto o casamento reduz a idade biológica em cerca de sete meses.


O trabalho ainda descobriu que os sentimentos que giram em torno de depressão, solidão e infelicidade estão associados a um envelhecimento biológico mais avançado que o do próprio cigarro. Os autores ressaltam que, apesar dessa estimativa, o isolamento e a solidão não são fatores de risco realmente piores para a saúde do que o tabagismo.


(Terra)