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Lula pode intervir no MDB de MS e forçar a saída de Puccinelli caso Tebet seja candidata ao Senado.

Publicada em: 10/11/2025 08:47 -

A possível decisão do presidente Lula (PT) de apoiar q candidatura da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), ao Senado por Mato Grosso do Sul, pode provocar uma crise interna no MDB estadual e levar à saída do ex-governador André Puccinelli da legenda.

 

Puccinelli, principal liderança emedebistas no Estado, já declarou ser contrário à candidatura de Tebet caso ela mantenha aliança com o presidente. De perfil de centro-direita e historicamente adversário do PT, o ex-governador considera incompatível a convivência entre o MDB sul-mato-grossense e o partido de Lula.

 

“Se ela quer ser candidata ao Senado, é um direito que ela tem, mas que se filie ao partido do Lula e saia com o Lula. Se quiser continuar apoiando Lula, só em outro partido que não seja o MDB”, afirmou Puccinelli em entrevista no meio do ano ao jornal Campo Grande News. Ele reforçou ainda a rivalidade entre as siglas no Estado: “O PT não nos tolera, o PT nos detesta.”

 

Lula e Tebet devem se reunir em dezembro para discutir o futuro político da ministra. Assessores próximos ao presidente defendem que ela dispute o Senado por São Paulo, mas Tebet tem manifestado preferência por concorrer por seu Estado natal, Mato Grosso do Sul. A definição, entretanto, deve ter reflexos diretos na política estadual, já que qualquer candidatura ao Senado com apoio do Palácio do Planalto tende a alterar o equilíbrio das forças estaduais.

 

O deputado estadual Zeca do PT, aliado de Tebet, chegou a afirmar que a ministra poderia até ser vice de Lula em um futuro cenário político. Outros integrantes do PT acreditam que, caso a aliança se concretize, o deputado federal Vander Loubet pode desistir de disputar o Senado, abrindo espaço para compor como suplente de Tebet ou buscar a reeleição à Câmara Federal.

 

Do outro lado, André Puccinelli, com 46 anos filiado ao MDB, tendo sido secretário de Saúde, deputado federal, prefeito de Campo Grande por dois mandatos e governador do Estado também por duas gestões, deverá medir forças com a direção nacional do MDB e com o próprio PT para tentar manter sua posição dentro do partido.

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