A 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Água Clara instaurou um procedimento preparatório para apurar supostas irregularidades administrativas atribuídas à prefeita do município, Gerolina da Silva Alves (PSDB). A investigação foi oficializada por meio de edital publicado na edição desta 4ª feira (30.jul.25), do Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.
De acordo com procedimento, o MP busca esclarecer a atuação de uma servidora pública que teria sido deslocada de suas funções oficiais para atender a interesses particulares. O caso foi inicialmente noticiado pelo ex-vereador Alfredo Alexandrino (Republicanos), que anexou à denúncia relatos e documentos que apontam a utilização da funcionária para a realização de tarefas domésticas na residência da prefeita, durante o horário de expediente.
Segundo a denúncia, os registros de ponto da servidora não apresentavam variações normais, levantando suspeitas de falsificação ou assinatura por terceiros. Em uma visita a um órgão público onde a funcionária deveria estar lotada, a informação repassada foi de que ela constava regularmente no controle digital de frequência, embora tenha sido identificado um relatório manuscrito e com caligrafia divergente, o que aumentou as suspeitas de irregularidade.
A Promotoria também destacou que, apesar da carga horária registrada em folha de pagamento prever expediente das 7h às 11h e das 13h às 17h, a funcionária teria cumprido jornada distinta, das 12h às 18h. O MP agora busca esclarecimentos da prefeita sobre a legalidade dessa alteração, bem como a existência de ato formal que tenha autorizado a mudança.
No despacho, a promotora Laura Assagra Rodrigues Barbosa Pimenta determinou diligências complementares e novo ofício à Prefeitura solicitando explicações detalhadas sobre a lotação, carga horária e eventuais escalas diferenciadas da servidora, incluindo documentos relativos à sua atuação anterior na Secretaria de Assistência Social.













