Servidores da Prefeitura de Amambai continuam foragidos, 13 dias após a Operação Laços Ocultos, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). A reportagem apurou que Jucélia Barros Rodrigues, gerente de convênios da prefeitura, e o empresário Júlio Arantes ainda não foram localizados pela polícia.
O vereador Valter de Brito, líder do prefeito, continua detido e foi afastado nesta semana pela Câmara. Os policiais também fizeram busca e apreensão com o vereador Geversom Vicentim; secretário de Serviços Urbanos, Runes de Oliveira; secretário de Infraestrutura, Carlos Silvério Schier; secretário de Comunicação, José Aparecido Aguiar; engenheiro Maurício Sartoretto Martinez e secretária de gabinete Vânia Cristina de Brito.
O prefeito, Dr. Bandeira, informou que aguardará decisão da justiça, dizendo se acata ou não a denúncia, antes de tomar qualquer providência contra servidores ou empresas envolvidas.
No total, foram 6 (seis) mandados de prisão preventiva e 44 (quarenta e quatro) mandados de busca e apreensão, nos Municípios de Amambai/MS, Campo Grande/MS, Bela Vista/MS, Naviraí/MS e Itajaí/SC.
Segundo levantamentos, a organização criminosa atua há anos fraudando licitações públicas que possuem como objeto a contratação de obras e serviços de engenharia no Município de Amambai e outros, principalmente por meio de empresas ligadas a familiares, com sócios até então ocultos. Nos últimos seis anos, os valores dos contratos obtidos pelo grupo criminoso ultrapassam 78 milhões de reais.
“Perícias de engenharia, em obras vistoriadas presencialmente pelo corpo técnico, detectaram superfaturamento e inexecução parcial, assim como análise realizada por órgão técnico do Ministério Público identificou pagamento de propina das empresas integrantes do grupo criminoso em benefício de agentes políticos e servidores públicos municipais responsáveis pela fiscalização das obras”, informou o MPE, em nota.
Fonte: Investiga ms













