O presidente Luis Inácio Lula da Silva está perto de completar dois meses de mandato e ainda não nomeou superintendentes, diretores e coordenadores do Governo Federal nos estados.
Em Mato Grosso do Sul a história se repete, com dezenas de aliados aguardando nomeação. Na maioria dos casos, os indicados por Jair Bolsonaro já foram exonerados e os órgãos são comandados por interinos.
A expectativa é de que o novo governo comece a nomear agora em março. Alguns ministérios foram dados para partidos aliados, como MDB, PSD e União, mas estes cargos do terceiro escalão não estariam neste pacote, ficando a critério do PT as indicações, que passam pelo Ministério das Relações Institucionais e depois pela Casa Civil, responsável por investigar se há restrições nos nomes.
O governo Lula já exonerou a superintende estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul e o diretor do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), por exemplo. No Ibama, a indicada do PT de MS é a professora Gleici Jane, de Dourados.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso do Sul, também está sem comandante, desde que Humberto Cesar Mota foi exonerado. Marina Ricardo, mais conhecida como Marina do MST, foi indicada pelo PT de MS e também aguarda a nomeação.
O candidato do PT ao Senado na última eleição, Tiago Botelho, foi convidado para uma diretoria no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mas também não foi nomeado.
Nesta semana o grupo do setorial indígena do PT de Dourados e Membros da Região criticaram a demora para as nomeações, principalmente para a escolha do diretor do Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (Dsei-MS). A expectativa é de que o nome seja indicado à ministra Sônia Guajajara na próxima semana. Há inclusive uma divergência em relação ao escolhido, sem consenso.
O PV, que se uniu ao PT para a eleição, também espera emplacar nomes. Até o PSDB de MS , que deve apoiar Lula nas votações, participará das escolhas.
O PT definiu cargos prioritários para o partido, que não entrarão nesta divisão com aliados. Os nomes já aguardam a nomeação há mais de um mês. Abaixo a lista de cargos que o partido não abre mão:
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)
Superintendência do Desenvolvimento da Pesca (SUDEPE)
Secrtaria de Patrimônio da União (SPU)
Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai)
Delegacia Regional do Trabalho (DRT)
Superintendência do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco)
















