Com o apoio de 23 dos 24 deputados estaduais, o deputado estadual Gerson Claro Dino, 55 anos, do PP, foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. É a primeira vez na história que o legislativo será presidido por um deputado réu pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e pelo suposto desvio de R$ 7,4 milhões no Departamento Estadual de Trânsito.
Na disputa pela primeira secretaria, Paulo Corrêa (PSDB), obteve o apoio de 20 deputados e derrotou João Henrique Catan (PL), neto do ex-governador Marcelo Miranda Soares, que obteve quatro votos.
A disputa mais acirrada foi pela segunda secretaria, travada entre petistas e bolsonaristas. O deputado estadual Pedro Kemp (PT), foi eleito com o apoio de 16 votos e derrotou o Carlos Alberto David dos Santos, o Coronel David (PL). O militar bolsonaristas obteve oito votos.
Sem chance, o deputado estadual bolsonarista Rafael Tavares (PRTB), teve apenas o próprio voto. Apesar do histórico do adversário, ter sido alvo da Operação Antivírus e preso por corrupção em agosto de 2017, ele não conseguiu os votos nem dos outros bolsonaristas no parlamento, como João Henrique e Coronel David.
Gerson Claro só não teve o apoio de Tavares. O deputado foi preso e afastado do comando do Detran pelo Tribunal de Justiça em agosto de 2017. Na ocasião, Reinaldo Azambuja (PSDB) foi obrigado a demiti-lo do cargo de diretor-presidente do Detran porque Gerson Claro foi proibido pela Justiça de frequentar o Detran e ter contato com os demais investigados e funcionários da autarquia.
O Ministério Público Estadual denunciou Claro por improbidade administrativa e por corrupção pelo suposto desvio de R$ 7,4 milhões no Detran. A Justiça chegou a bloquear os bens do deputado.
O TJMS acabou livrando Gerson Claro do crime de improbidade administrativa por considerar que não houve a comprovação dos desvios. No entanto, ele continua réu na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. A juiz Eucélia Moreira Cassal concluiu o julgamento e o processo está na fase das diligências.
O Gaeco denunciou Gerson Claro e outros diretores, empresários pelos crimes de corrupção passiva e ativa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, dispensa de licitação, peculato e organização criminosa. Ele pode ser condenado a pagar R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Após ser consagrado presidente do legislativo, Gerson Claro agradeceu a Deus e aos eleitores. No discurso, ele recebeu o apoio dos principais caciques do legislativo, como o Londres Machado, no 13º mandato consecutivo, o ex-governador Zeca do PT, e dos ex-presidentes da Assembleia, Paulo Corrêa e Júnior Mochi (MDB).
No discurso, Claro destacou que a classe política é alvo, em algumas ocasiões, de ser enxovalhada pela população. Ele fez agradecimento especial à prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patri), esposa de Lídio Lopes, que cogitou enfrenta-lo na disputa, e pode se filiar ao Progressistas.
Votaram em Gerson Claro (PP) para presidente da
Londres Machado (PP)
Gerson Claro (PP)
Pedro Caravina (PSDB)
Jamilson Lopes Name (PSDB)
Lia Nogueira (PSDB)
Mara Caseiro (PSDB)
Amarildo Cruz (PT)
Zeca do PT
Júnior Mochi (MDB)
Márcio Fernandes (MDB)
Renato Câmara (MDB)
Coronel David (PL)
João Henrique Catan (PL)
Neno Razuk (PL)
Lucas de Lima (PDT)
Lídio Lopes (Patri)
Antônio Vaz (Republicanos)
Professor Rinaldo (Podemos)
Pedro Pedrossian Neto (PSD)
Roberto Hashioka (União Brasil)
Pedro Kemp (PT)
Zé Teixeira (PSDB)
Paulo Corrêa (PSDB)
Votaram em Rafael Tavares para presidente
Rafael Tavares (PRTB)
Votaram em João Henrique para primeiro secretário
Coronel David (PL)
João Henrique Catan (PL)
Neno Razuk (PL)
Lídio Lopes (Patri)
Rafael Tavares (PRTB)
Votaram no Coronel David para segundo secretário
Coronel David (PL)
João Henrique Catan (PL)
Neno Razuk (PL)
Antônio Vaz (Republicanos)
Professor Rinaldo (Podemos)
Pedro Pedrossian Neto (PSD)
Roberto Hashioka (União Brasil)
Rafael Tavares (PRTB)














