A repercussão da prisão de sete servidores e a exoneração do secretário adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Brito Neto, e do adjunto da Educação, Edio Antônio Resende de Castro Bloch, após casos de corrupção nas pastas da Educação e Saúde repercutiu nos corredores da Assembleia Legislativa.
Muitos deles se mostraram indignados com a situação e outros pediram providências ao governo que investiguem os contratos da saúde.
Durante a sessão de hoje (30), o deputado Rafael Tavares (PRTB) usou a tribuna cobrando providências e mais fiscalização na saúde.
"A organização criminosa atuava fraudando licitações públicas na área da saúde. Agentes públicos recebiam o pagamento de propinas e os contratos objetos da investigação ultrapassam R$ 68 milhões. Vários assessores do governo anterior foram presos. Isso nos causa indignação. Hospitais sem equipamentos, postos de saúde sem remédios, enquanto agentes políticos estão roubando dinheiro público", disse Tavares.
Outro que pediu a palavra na tribuna, o deputado João Henrique (PL) se mostrou indignado com a situação e solicitou informações sobre os contratos firmados pela Secretaria de Estado de Saúde.
"Temos que parar de condenar aqueles que eventualmente estejam sob investigação. O governador já afastou os funcionários supostamente implicados e fez uma nota pública. Agora, temos que esperar o fim das investigações e a decisão do Judiciário", destacou.
Secretários exonerados
As exonerações do secretário adjunto da Casa Civil, Flávio da Costa Brito Neto, e do adjunto da Educação, Edio Antônio Resende de Castro Bloch, foram divulgadas na manhã de hoje (30), no Diário Oficial do Estado. Além dos secretários, servidores públicos que participaram do esquema de licitação de documentos nas áreas da Saúde e Educação, também foram exonerados dos seus respectivos cargos.
Conforme a lista publicada no Diário Oficial, aparecem os nomes de Simone de Oliveira Ramirez Castro, técnica do pregão de licitações do Estado, e Andrea Cristina Souza Lima, comissionada da Secretaria Estadual de Educação. As duas estão presas, suspeitas de participar no esquema de corrupção.
Já o nome de Márcia Barbosa Borges, que até ontem, não aparecia na lista dos envolvidos, também foi exonerada do cargo. Conforme as investigações do Gaeco, Márcia teria orientado um empresário que é suspeito de participar de uma quadrilha de fraudadores e também de seguir procedimentos licitatórios.