O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), ouvem, nesta quinta (30) e sexta-feira (1⁰), 20 envolvidos na Operação Turn Off.


Entre os ouvidos, oito detidos ontem, que passaram a noite na prisão. Os homens passaram a noite no Centro de Triagem “Anizio Lima”. Já as mulheres no Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi”.


Foram detidos ontem o adjunto da Secretaria de Educação, Édio Castro; Simone de Oliveira Ramirez Castro; Thiago Mishima, Andrea Cristina Souza Lima; Victor Leite de Andrade; Paulo Henrique Muleta Andrade, Sergio Duarte Coutinho Junior Lucas Coutinho.


O adjunto da Casa Civil e ex-secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Flávio Brito, também será ouvido. A oitiva está marcada para a tarde desta quinta-feira.


No total, foram cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.


A investigação, conduzida pelo GECOC, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro.


“Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos”, divulgou o MPE.


Segundo Ministério Público, os contratos já identificados e objetos da investigação ultrapassam 68 milhões de reais. Durante os trabalhos, o GECOC valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.


A operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul. O nome “Turn Off”, traduz-se da língua inglesa como ‘desligar’. Ele foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada.