Obra de uma Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) localizada na Rua Lucena, no Jardim São Conrado, em Campo Grande, que deveria atender a comunidade, segue parada acumulando lixo e servindo de abrigo para usuários de droga, principalmente no período da noite, o que causa insegurança aos moradores da região.

O prédio, que ocupa uma quadra inteira, está sendo depredado, conforme relatos dos moradores. O pedreiro William dos Santos Pereira, de 33 anos, mora em frente ao local há 14 anos. Segundo ele, já tem muito tempo que a obra está parada, servindo de motel, de moradia para ladrões e de usuários de drogas. “Aí tem de tudo. Inclusive, já furtaram telhas, portal de janelas e portas do prédio. Estão arrancando tudo. O que tem e dá pra levar, eles estão levando. Isso causa muita insegurança para quem mora na redondeza”, lamentou.

Segundo William, “frequentadores” da obra já entraram na residência dele, não levaram nada, mas fizeram muita bagunça. “Entortaram a porta e quebraram o vidro do meu carro. Fizeram um fuzuê danado dentro de casa. Eles [a prefeitura] deveriam concluir logo essa escola. Se terminasse, ia ficar bom. Aqui na região tem muitas crianças que precisam”, contou.

Nesta manhã, a equipe de reportagem não encontrou ninguém ocupando o prédio, mas havia roupas, colchão, lixos, garrafas, pedaços de sofá, demonstrando que há movimentação de pessoas no local. A servidora pública Jaqueline Santos, de 33 anos, disse que os moradores sempre reclamam da situação, mas o problema nunca é resolvido.

“Dos 8 anos que eu moro aqui, nunca vi ninguém mexendo nessa obra. Ali ficam muitos usuários de droga à noite e o prédio serve de abrigo também para animais peçonhentos, escorpiões e cobras, que já apareceram na minha casa. Eles [prefeitura] deveriam dar continuidade na obra ou liberar o terreno para construção de casas populares”, disse.

Indagada, a assessoria de imprensa da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) respondeu que uma licitação deve ser lançada ainda neste mês para retomada das obras no 2º semestre.


Fonte: Diário MS